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O presidente Donald Trump assinou na terça-feira (3/6) decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço e alumínio, elevando-as de 25% para 50%. A medida afetará as exportações brasileiras, segundo maior fornecedor dos metais ao mercado dos Estados Unidos.
De acordo com a Casa Branca, a decisão foi tomada após análises que indicaram que as tarifas anteriores não foram suficientes para conter a entrada de produtos estrangeiros a preços baixos, o que comprometeria a atividade das siderúrgicas e metalúrgicas dos EUA.
Trump já havia aumentado tarifas em março
O governo norte-americano afirma que o aumento das tarifas, que já haviam sido elevadas em março para 25%, é necessário para garantir a saúde e a competitividade das empresas do setor, bem como atender às necessidades de defesa nacional. A medida vale para todos os países exportadores desses metais para os EUA, com exceção do Reino Unido, que mantém a tarifa em 25% devido a um acordo bilateral firmado em maio.
O Brasil está sujeito à nova tarifa de 50%, o que poderá impactar as exportações brasileiras, especialmente de aço semiacabado, um dos principais produtos enviados aos EUA. Dados do governo norte-americano indicam que, em 2024, o Canadá foi o maior fornecedor de aço, em volume, com 20,9% do total, seguido pelo Brasil (16%, com 3,88 milhões de toneladas, e o país com maior crescimento em relação às exportações de 2023) e o México (11,1%).
Quanto ao volume financeiro das exportações, o Brasil recebeu US$ 2,66 bilhões, pouco atrás dos US$ 2,79 bilhões recebidos pelo México e US$ 5,89 bilhões pelo Canadá. Em janeiro, o Brasil foi o maior exportador do mês em volume (499 mil toneladas), ultrapassando o Canadá (495 mil toneladas).